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Geral - 11/12/2015 15:12:17

Venda Nova no combate à Dengue, Chikungunya e Zika

Todo mundo junto para acabar com o mosquito da Dengue. Faça a sua parte.

A Secretaria Municipal de Saúde alerta a população de Venda Nova do Imigrante que está aumentando o número de casos de Dengue no município, e a situação pode piorar com a possibilidade de surgirem casos de Zika e Chikungunya, doenças transmitidas pelo mesmo mosquito da Dengue. Por isso a administração está providenciando um material impresso para ajudar a população a entender a situação e estamos divulgando essas informações.

DEFINIÇÕES DAS DOENÇAS (DENGUE, CHIKUNGUNYA E ZIKA)

Dengue

Doença:Dentre as três, é a mais conhecida e presente no Brasil. O país vive hoje uma epidemia da doença com 367,8 casos para cada 100 mil habitantes registrados até o dia 18 de abril.

Transmissão:O vírus da dengue é transmitido pela picada do mosquito aedes aegypti. 

Sintomas: Os sintomas da Dengue são febre alta, entre 39° e 40°C, com início repentino e geralmente dura de 2 a 7 dias, dor de cabeça, dores no corpo e articulações, moleza, fraqueza, dor atrás dos olhos, e coceira no corpo. Pode haver perda de peso, náuseas e vômitos.
A principal complicação é a desidratação grave, que ocorre sem a pessoa perceber. Por isso, é importante tomar bastante líquido quando a pessoa estiver com Dengue.

Tratamento:A pessoa com sintomas da dengue deve procurar atendimento médico. As recomendações são ficar de repouso, alimentar-se bem e ingerir bastante líquido. Não existem remédios contra a dengue. Caso apareçam os sintomas da versão mais grave da doença, é importante procurar um médico novamente.

Chikungunya

Doença: A origem do nome chikungunya é africana e significa “aqueles que se dobram”. É uma referência à postura dos doentes, que andam curvados por sentirem dores fortes nas articulações.

Transmissão: É transmitida pelos mosquitos aedes aegypti (presente em áreas urbanas) e aedes albopictus (presente em áreas rurais).

Sintomas:O principal sintoma é a dor nas articulações de pés e mãos, que é mais intensa do que nos quadros de dengue. Além disso, também são sintomas: febre repentina acima de 39 graus, dor de cabeça, dor nos músculos e manchas vermelhas na pele. Cerca de 30% dos casos não chegam a desenvolver sintomas.   A principal complicação é a permanência, por longo tempo, das dores e inchaço nas articulações, às vezes impedindo as pessoas de retornarem às suas atividades.

Tratamento:Como no caso da dengue, não há tratamento específico. É preciso ficar de repouso e consumir bastante líquido. Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.

Zika

Doença:A doença pode ter sido detectada na Bahia, mas ainda não está confirmada. A suspeita é de que ela tenha sido trazida para o Brasil durante a Copa do Mundo.

Transmissão: Mais uma vez, o aedes aegypti é o vilão da história.

Sintomas: O vírus não é tão forte quanto o da dengue ou da chikungunya e Tem como principal sintoma as manchas vermelhas com coceira, febre baixa (ou ausência de febre), olhos vermelhos sem secreção ou coceira, dor nas articulações, dor nos músculos e dor de cabeça. Normalmente os sintomas desaparecem após 3 a 7 dias.

As complicações mais observadas têm sido as manifestações neurológicas como paralisia facial e fraqueza nas pernas, e a microcefalia.

Tratamento: Assim como nas outras viroses, o tratamento consiste em repouso, ingestão de líquidos e remédios que aliviem os sintomas e que não contenham ácido acetil salicílico (AAS). 


PERGUNTAS E RESPOSTAS *

Como se transmite a dengue, a chikungunya e zika?

Essas doenças precisam de um vetor para ser transmitidas. São doenças causadas por vírus, mas tem que ter alguém que leve o vírus para a pessoa, e esse alguém é o mosquito, que transmite as três doenças, o Aedes Aegypti.

Toda pessoa infectada desenvolve os sintomas?

Segundo o Ministério da Saúde, os sintomas do zika vírus se manifestam em apenas 18% dos casos de infecção. De acordo com infectologistas, a capacidade de infecção do chikungunya é menor do que a da dengue por causa da mobilidade das pessoas. Segundo ele, a cada dez pessoas picadas e infectadas com dengue, apenas duas desenvolvem os sintomas e ficam prostradas sem poder sair de casa. "As outras oito terão sintomas leves ou não sentirão nada. Então, poderão ir ao trabalho, faculdade, viajar e, assim, ajudar a transmitir o vírus em outros lugares", conta.

No caso da febre chikungunya, a cada dez pessoas picadas e infectadas, nove terão sintomas que debilitam. "Elas têm febre alta, mal estar, dores nas juntas e não vão conseguir circular, viajar. A disseminação é limitada porque os sintomas dificultam a mobilidade", afirma.

Por quanto tempo deve durar essa dor?

Na maioria dos casos, ela dura poucos dias e depois a pessoa se recupera. Mas pode levar semanas, meses e há relatos de outros países até de pacientes com dor há anos, no caso da febre Chikungunya, mas isso não é o habitual. Isso varia de acordo com as pessoas. Algumas prolonga a doença, e outras se recuperam em dias.

Há risco de morte por alguma dessas três doenças?

Existe, dependendo muito da pessoa que está com essas doenças e se vai ter complicações. Entretanto, entre as três doenças, o risco de morte é maior para a dengue.

As formas mais graves da dengue podem chegar a 2% de mortalidade. No caso da Zika e chikungunya, não se tem dados de mortalidade como os da dengue, elas são doenças que têm mais sequelas.

Elas têm mais intensidade de sintomas, mais interferência na qualidade de vida da pessoa enquanto está doente e outras complicações.

Lembrar que as três são doenças em que as pessoas devem ter o diagnóstico precoce, para poder fazer o manejo adequado, porque se não tiver o diagnóstico precoce o risco de complicação de qualquer doença se eleva.

O que a população deve evitar é banalizar as doenças e não achar que porque está todo o mundo tendo Zika, não é nada.

Muitas pessoas estão fabricando repelentes caseiros. Eles são efizazes?

O que a gente sabe é que as medidas realmente efetivas são aquelas de evitar os criadouros dos mosquitos para impedir que eles se reproduzam. O uso de repelente em algum momento auxilia e em outros momentos se torna ineficiente.

Por exemplo, os repelentes que se passam na pele tem um tempo de duração desse efeito e se a pessoa toma um banho, tem que passar de novo.

Se a pessoa transpira, há aquele suor e depois a pessoa se enxuga aquele suor, já anulou o efeito do repelente. Então ele é muito bom, mas tem suas limitações.

Como é feito o tratamento dessas doenças e qual o medicamento utilizado?

Não existe nenhum medicamento para tratar dengue, zika nem chikungunya. O tratamento é basicamente repouso, hidratação e medicação sintomática, que são os analgésicos e antitérmicos.

A quantidade de líquido ideal deve ser orientada pelo médico ou equipe de saúde e qual será o analgésico e antitérmico melhor para cada paciente vai ser definido pelo médico.

Qual é a relação entre o zika e a microcefalia?
A relação entre zika e microcefalia foi confirmada pela primeira vez no mundono fim de novembro pelo Ministério da Saúde brasileiro. A investigação ocorreu depois da constatação de um número muito elevado de casos em regiões que também tinham sido acometidas por casos de zika.

A evidência crucial para determinar essa ligação foi um teste feito no Instituto Evandro Chagas, órgão vinculado ao Ministério da Saúde no Pará, que detectou a presença do vírus zika em amostras de sangue coletadas de um bebê que nasceu com microcefalia no Ceará e acabou morrendo.

Como a situação é muito recente, ainda não se sabe como o vírus atua no organismo humano, quais mecanismos levam à microcefalia e qual o período de maior vulnerabilidade para a gestante. Segundo o Ministério da Saúde, as investigações sobre o tema devem continuar para esclarecer essas questões.

Há risco de microcefalia se a mulher engravidar depois de se curar do zika?
Segundo o médico Érico Arruda, presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, o que se conhece sobre a relação entre o zika e a microcefalia é insuficiente para determinar se há risco de engravidar logo depois de se curar de uma infecção pelo zika vírus.

“O que se pode dizer, baseado em contextos gerais, é que parece que a viremia do zika é curta, ou seja, a pessoa infectada fica pouco tempo com o vírus circulando na corrente sanguínea.” Caso isso seja confirmado, é possível que não haja risco de gravidez logo após o fim da infecção, porém ainda é cedo para ter certeza.

Quais são as recomendações para mulheres grávidas?
O Ministério da Saúde orienta algumas medidas para mulheres grávidas ou com possibilidade de engravidar tendo em vista a ocorrência de casos de microcefalia relacionados ao zika vírus.

Uma delas é a proteção contra picadas de insetos: evitar horários e lugares com presença de mosquitos, usar roupas que protejam a maior parte do corpo, usar repelentes e permanecer em locais com barreiras para entrada de insetos como telas de proteção ou mosquiteiros.

É importante informar o médico sobre qualquer alteração em seu estado de saúde, principalmente no período até o quarto mês de gestação. Um bom acompanhamento pré-natal é essencial e também pode ajudar a diminuir o risco de microcefalia

Há suspeita de associação do zika com outras doenças?
Até o momento, não há evidências de que o zika possa estar relacionado a outras doenças além da microcefalia e da possibilidade de conexão com a síndrome de Guillain-Barré.

O Aedes aegypti pode transmitir mais de uma doença ao mesmo tempo?
Segundo estudos conduzidos pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), é possível que um mosquito transmita dengue e chikungunya ao mesmo tempo a um paciente. Ainda não há estudos, porém, que avaliem a possibilidade de o zika vírus ser transmitido simultaneamente aos outros dois vírus.

 Como evitar e quais as medidas de prevenção e controle?

As medidas de prevenção e controle são semelhantes para todas as doenças (Dengue, Zika e Chikungunya). Não existem medidas de controle específicas direcionadas ao homem, uma vez que não se dispõe de nenhuma vacina ou drogas antivirais.

Prevenção domiciliar

Deve-se reduzir a densidade vetorial, por meio da eliminação da possibilidade de contato entre mosquitos e água armazenada em qualquer tipo de depósito, impedindo o acesso das fêmeas grávidas por intermédio do uso de telas/capas ou mantendo-se os reservatórios ou qualquer local que possa acumular água, totalmente cobertos. Em caso de alerta ou de elevado risco de transmissão, a proteção individual por meio do uso de repelentes deve ser implementada pelos habitantes.

Individualmente, pode-se utilizar roupas que minimizem a exposição da pele durante o dia quando os mosquitos são mais ativos podem proporcionar alguma proteção contra as picadas dos mosquitos e podem ser adotadas principalmente durante surtos, além do uso repelentes na pele exposta ou nas roupas.

Prevenção na comunidade

Na comunidade deve-se basear nos métodos realizados para o controle da dengue, utilizando-se estratégias eficazes para reduzir a densidade de mosquitos vetores. Um programa de controle da dengue em pleno funcionamento irá reduzir a probabilidade de um ser humano virêmico servir como fonte de alimentação sanguínea, e de infecção para Ae. aegypti, levando à transmissão secundária e a um possível estabelecimento do vírus nas Américas.

Os programas de controle da dengue para o Ae. aegypti, tradicionalmente, têm sido voltados para o controle de mosquitos imaturos, muitas vezes por meio de participação da comunidade em manejo ambiental e redução de criadouros.

Como denunciar locais (Imóveis, construções, terrenos baldios e outros) com os focos do mosquito?

As ações de controle da dengue ocorrem principalmente na esfera municipal. Quando o foco do mosquito é detectado, e não pode ser eliminado pelos moradores de um determinado local, a Secretaria Municipal de Saúde deve ser acionada, através do telefone (28) 3546-3930/1258.

* Dados extraídos de entrevista da especialista Normeide Pedreira e portal G1

Fonte: Assessoria de Imprensa PMVNI
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