Conheça o projeto 'Alfabetizando com Evidências Científicas', da Prefeitura de Venda Nova

Desde 2019 a Prefeitura de Venda Nova do Imigrante, através da Secretaria Municipal de Educação (SEMED) realiza o projeto Alfabetização com Evidências Científicas destinado às crianças do segundo ao quinto ano do Ensino Fundamental que não conseguem ler ou escrever convencionalmente. O projeto possui material próprio, estruturado pela Psicopedagoga responsável pelas Escolas Municipais de Ensino Fundamental e agrupa até quinze estudantes por professor.

A alfabetização acontece nas escolas de Ensino Fundamental do Município, EMEF Caxixe, EMEF Atílio Pizzol e EMEF Pindobas, conduzido por um professor específico para o projeto em uma sala onde, no máximo, 15 estudantes se reúnem no contraturno em que estudam.

Estudantes do segundo ao quinto ano do Ensino Fundamental que não compreendem o que escrevem ou o que leem podem ser encaminhados pelo professor regente ou pedagogo da escola, mas as vagas são priorizadas aos alunos do segundo e terceiro ano que não leem ou não escrevem convencionalmente, e que tenham preferencialmente laudo médico com diagnósticos voltados aos transtornos de aprendizagem.

Escrever e ler convencionalmente pressupõe estar o estudante, na fase da leitura e da escrita com compreensão do que se lê e do que se escreve, com intencionalidade e significado.

O projeto Alfabetização com Evidências Científicas da SEMED é coordenado pela psicopedagoga Christine Bossois, que realiza a formação e monitoramento dos professores, avaliação dos alunos e a assessoria aos Pedagogos envolvidos.

Após formação, a Psicopedagoga inicia os trabalhos de campo com monitoramento e orientação para as demandas identificadas a partir do resultado da avaliação diagnóstica inicial do perfil cognitivo dos alunos que são atendidos pelo projeto.

Os encontros com a psicopedagoga acontecem pelo menos uma vez ao mês com professores do projeto para momentos de planejamento e estudos também na SEMED. “Apesar de priorizarmos as crianças que estão em processo inicial do aprendizado da leitura e da escrita com sinais de transtornos de aprendizagem, em respeito à Lei nº 14.254 de 2021, nosso atendimento se estende àqueles estudantes que leem e escrevem na fase alfabética, mas não compreendem o que leem, estando em rota fonológica na leitura”, ressalta Bossois.

O Projeto tem um material estruturado especificamente para sua realização, produzido pela psicopedagoga responsável, dentro da metodologia fônica de alfabetização. Bossois explica que “A metodologia fônica possui ênfase no som das letras e não nos nomes das letras, devido ao sistema de escrita alfabético (SEA) que é pautado na correspondência grafema/fonema e que evidências científicas apontam ser mais eficaz para o aprendizado de crianças que apresentam dificuldade e/ou transtorno de aprendizagem”.

Tudo começa com a formação docente amparada pelos estudos científicos “A primeira etapa é a apresentação da estrutura do projeto como um todo e da metodologia fônica, do material didático preparado especialmente para o Projeto, aos novos professores”, destaca a psicopedagoga.

Na última segunda-feira, 27, iniciaram as primeiras formações dos novos professores que atuarão no Projeto neste ano de 2023. As demandas por escola neste ano se destinam às duas turmas na EMEF Atílio Pizzol, às três turmas na EMEF Caxixe e uma turma na EMEF Pindobas, todos os grupos com 15 alunos que serão atendidos pelos professores.

“O Projeto vem ao encontro ao lema da Semed Uma Escola para Todos. A visão de Inclusão da atual gestão da Secretaria está, de fato, nas ações que buscam assegurar o desenvolvimento das potencialidades de todos os estudantes da Rede Municipal de Ensino” conclui Bossois.